O Cavalinho-do-Mar e a Bolha Mágica

O Cavalinho-do-Mar e a Bolha Mágica

No fundo do oceano, onde a luz do sol dança entre as algas e os peixes coloridos brincam de esconde-esconde, vivia um pequeno cavalinho-do-mar chamado Nico. Ele era curioso, sonhador e adorava ouvir as histórias do avô sobre lugares misteriosos do mar.

Um dia, enquanto explorava uma caverna de corais brilhantes, Nico encontrou uma bolha flutuante e cintilante. Ela não estourava ao toque, nem subia à superfície — apenas flutuava ali, como se estivesse esperando por ele.

— Olá? — disse Nico, curioso.

Para sua surpresa, a bolha respondeu com uma voz suave:

— Olá, Nico. Eu sou uma bolha mágica. Posso levar você a qualquer lugar do oceano que desejar.

Os olhinhos do cavalinho-do-mar brilharam. Ele sempre sonhara em visitar o Reino Gelado do Polo Azul, onde os peixes brilhavam como cristais, e o Festival das Estrelas do Mar, onde as águas se enchiam de luz.

— Quero ver tudo! — exclamou.

A bolha envolveu Nico e, num piscar de olhos, eles começaram a viajar. Passaram por jardins de anêmonas, cidades escondidas feitas de conchas e até um bosque de algas gigantes que sussurravam segredos do mar.

No Reino Gelado, Nico deslizou entre os flocos de neve submarinos e dançou com pinguins mergulhadores. No Festival das Estrelas do Mar, viu as águas se iluminarem com seres marinhos que brilhavam como vaga-lumes.

Mas o mais bonito de tudo foi quando a bolha o levou ao Espelho do Oceano, um lago calmo no fundo do mar onde, ao olhar seu reflexo, Nico viu quem ele realmente era: um cavalinho-do-mar valente, gentil e capaz de viver grandes aventuras.

Quando a viagem terminou, a bolha disse:

— Agora você sabe que a magia não está apenas em lugares distantes... ela também vive dentro de você.

Nico voltou para casa com o coração cheio e um novo brilho nos olhos. A partir daquele dia, não parou de contar suas aventuras — e também de criar outras, com sua imaginação e coragem.